Visita ao Túmulo

As relíquias na Igreja sempre receberam particular veneração e atenção porque o corpo dos Santos, destinado à ressurreição, foi sobre a terra o templo vivo do Espírito Santo e o instrumento da sua santidade, reconhecida pela Sé Apostólica através da beatificação e da canonização. As relíquias dos Santos não podem ser expostas à veneração dos fiéis sem um apósito certificado da autoridade eclesiástica que lhe garanta a autenticidade.

Análoga disciplina é aplicada também aos restos mortais (exuviae) do Padre Rodolfo Komorek, cuja causa de canonização está em curso. Enquanto ele não for elevados às honras dos altares através da beatificação ou da canonização, os seus restos mortais não podem gozar de qualquer culto público, nem daqueles privilégios que são reservados apenas ao corpo de quem foi beatificado ou canonizado.

 

Após um minucioso e demorado exame de todo o processo do Padre Rodolfo Komorek, obtido o parecer favorável da Congregação para as Causas dos Santos, o Papa São João Paulo II, no dia 6 de abril de 1995, reconheceu a heroicidade da vida e das virtudes, e a sua fama de santidade, conferindo-lhe o título de Venerável. Posteriormente, no dia 8 de fevereiro de 1996, observadas as normas da Igreja, os restos mortais do Padre Rodolfo Komorek foram exumados do jazigo dos Salesianos, no Cemitério da Diocese de São José dos Campos, e inumados para a Capela das Relíquias, na Paróquia Sagrada Família.

A exumação do corpo do Padre Rodolfo Komorek

No dia 8 de fevereiro de 1996, o Bispo Diocesano de São José dos Campos junto das demais autoridades civis e canônicas, se reuniram no lugar onde estavam os restos mortais do Padre Rodolfo Komorek. Assistiram ao reconhecimento também outras pessoas como testemunhas do fato.

Antes da retirada dos restos mortais do lugar onde estavam conservados, foi lido em voz alta pelo Notário, o documento oficial de registro da sepultura, a fim de que se pudesse verificar se quanto escrito no documento coincidia com o que se constatava no momento presente.

Após a abertura do lugar onde estavam conservados os restos mortais, os mesmos foram depositados em uma urna especial, para que pudessem ser transladados para o local da exumação e definitiva sepultura.

A translação do corpo do Padre Rodolfo Komorek

Com a transladação da urna especial com os restos mortais do Padre Rodolfo Komorek para o local da exumação e sepultura definitiva, a urna foi colocada sobre uma mesa, coberta por um pano decoroso, a fim de que os peritos anatomistas pudessem limpar os restos mortais das poeiras e de outras impurezas.

Cumpridas estas operações, os peritos anatómicos inspecionem atentamente os restos mortais do “Padre Santo”. Além disso, identificaram analiticamente todas as partes do corpo, descrevendo detalhadamente o estado e realizando uma relação por eles assinadas.

Finalmente, cumprido tudo quanto era necessário para prover à conservação dos restos mortais e recomposto o corpo, se recolocou eventualmente tudo, em uma nova urna. Os restos mortais foram envolvidos em um tecido de linho puro; a urna foi depositada na sepultura definitiva e, a mesma, foi lacrada conforme o costume eclesiástico. O Padre Rodolfo Komorek descansa em paz!

Capela das Relíquias

Localizada dentro do espaço físico da Paróquia Sagrada Família, a Capela das Relíquias guarda desde 1996 os restos mortais do Padre Rodolfo Komorek. O espaço foi todo reformado com a ajuda da comunidade paroquial e reinaugurado no dia 12 de agosto de 2015. 

Antes de ser chamada de Capela das Relíquias, originalmente o local era conhecido pelo nome de seu titular (Capela Menino Jesus de Praga). Posteriormente, com a instalação da antiga “Casa das Relíquias” no interior da Capela, o espaço passou a ser reconhecido como a “Capela do Padre Rodolfo Komorek”.

A área da capela foi doada aos Salesianos no início do século passado pela Congregação Religiosa que administrava o antigo Sanatório Vicentina Aranha. A Capela recebeu o nome de Menino Jesus de Praga por causa da devoção da Irmã Paula de São José, quando superior a do Sanatório. Madre Paula de São José foi quem fez a doação da imagem do Menino Jesus de Praga.

Museu e Relicário

No dia 26 de fevereiro de 2015, em uma cerimônia particular, com autoridades civis e religiosas e algumas poucas testemunhas, ocorreu a “segunda exumação”, ou seja, o translado dos restos mortais de Padre Rodolfo Komorek, do túmulo onde se encontrava desde 1996 para o novo local dentro da mesma Capela.

O Museu e Relicário do Padre Rodolfo Komorek – como é reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, que estava instalado no interior da Capela, também foi reformado, é transferido para a parte anexa. A inauguração do Museu e Relicário ocorreu no dia 18 de março de 2016, após a Santa Missa pela Família Salesiana, presidida pelo Diretor da Comunidade Salesiana Local.

O acervo museológico constitui-se de materiais utilizados pelo Padre Rodolfo Komorek, tais como: objetos de uso pessoal, objetos litúrgicos e pertences da antiga Residência Salesiana e Sanatório, onde respectivamente residiu e foi internado o Padre Rodolfo Komorek.

Mensagem do Diretor