Cuidava em nunca magoar ninguém. À mínima suspeita de haver ferido o próximo, apressava-se em pedir desculpas. Procurava-o, ajoelhava-se e pedia sinceramente perdão.
Em certa ocasião houve missões nas fábricas de São José dos Campos. O Venerável Pe. Rodolfo ia a pé, e era o primeiro a chegar. Era o último a sair do confessionário. Findos os trabalhos, prostrou-se de joelhos diante do organizador das missões, pedindo perdão por haver, somente ele, estragado o trabalho das missões: “Peço perdão do pouco que fiz e do muito que atrapalhei”.
Tais palavras não soavam falso na boca do Pe. Rodolfo. Era uma humildade convicta, e suas expressões valiam por si mesmas.
Contou a superiora do Sanatório Vicentina Aranha que havendo-o repreendido no salão, diante dos doentes, por haver voltado a pé para casa, mandando de volta o carro que ela havia chamado, ajoelhou-se e pediu perdão em público. “Tivesse previsto – dizia a madre, mortificada – , jamais o teria repreendido”.
Casos como esse enfeitam de “fioretti” a vida do Pe. Rodolfo. Quando pregou um retiro aos salesianos, seus sermões e os do seu colega pareceram muito severos. Foi o que declarou em público um orador ao fim dos exercícios. Após o almoço, muitos se encaminharam para a estação, de regresso às próprias casas. Avistando o orador que se apressava para subir ao trem, o Pe. Rodolfo dirigiu-se imediatamente a ele e, ajoelhando-se, pediu perdão por haver sinto muito rigoroso e não haver pregado como se devia…
Texto do Pe. Fausto Santa Catarina