A par de seu espírito de mortificação estava seu apreço pela modéstia e pela pureza de coração e de atitudes. Já desde o seminário, com frequência era ele comparado a São Luís Gonzaga, tido como um dos modelos de modéstia cristã.
Comentando as atitudes do Pe. Rodolfo, o Pe. Agostinho Piechura afirmava:
“Com relação à modéstia angélica, nunca cometeu a mínima imperfeição. Sempre mortificou muitíssimo os olhos”.
Em certa ocasião, devia ele sair para fazer um enterro em uma paróquia vizinha. Sempre recolhido, estava para subir na carruagem, quando percebeu que dentro já estava sentada uma senhora. Sem a menor hesitação, foi sentar-se ao lado do cocheiro na boleia.
Naquele ano que passou em Przemysl (Polônia), a igreja ainda estava em construção. Organizavam-se, pois, com frequência, festas e leilões. Mas o Pe. Rodolfo nunca tomou parte nesses divertimentos. Enquanto os outros se alegravam, ele ficava rezando de joelhos na igreja.
Por ocasião das festas de Natal e Ano-Bom nunca ia fazer visitas a amigos ou conhecidos, mas dedicava com zelo todo o seu tempo ao ministério sacerdotal.
Não só era mortificado pessoalmente, mas era intransigente em matéria de modéstia. Devendo certa vez fazer um batizado de uma criança, percebeu que a madrinha não estava decentemente vestida para aquela função religiosa, tendo um grande decote no vestido. Disse-lhe sem mais que naqueles trajes ela não podia ser madrinha no ato do batismo. O Pe. Rodolfo conhecia bem aquela senhora, pois era uma condessa C.; e ela própria se queixou irritada ao pároco, que era o diretor da casa, de que aquele jovem sacerdote tinha tido a coragem de lhe fazer tais observações.
“É escusado dizer – conclui o Pe. Francisco Niemczyk – que o fato só serviu para relevar mais a virtude do Pe. Komórek, que não tinha respeito humano algum quando se tratava da maior glória de Deus”.
E o mesmo sacerdote acrescenta:
“Desde o primeiro encontro com ele tive a grande impressão de encontrar-me diante de um homem de Deus. Sua atitude era ascética e recolhida, sua palavra sóbria e medida…”.
(Pe. Francisco Niemczyk – Depoimentos recolhidos na Polônia pelo Pe. Estanislau Rokita, pelo Pe. Luciano Strada e por Wanda Komórek)
Essa postagem foi tirada do Livro “UMA PRESENÇA ENTRE OS POBRES” de Riolando Azzi, e os fatos relatados ocorreram em Przemysl – Polônia, entre os anos de 1923 e 1924, já numa paróquia Salesiana.